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domingo, 6 de abril de 2014

Símbolos e Hinos Nacionais



Os Símbolos Nacionais oficiais são:
2 - o Hino Nacional.
3 - as Armas Nacionais.
4 - o Selo Nacional.




Os Símbolos Nacionais do Brasil foram definidos na Lei 5.700 de 1º de setembro de 1971. Além de estabelecer quais são os símbolos, esta lei também fez determinações sobre como devem ser usados, padrões e formatos, significados, etc. Estes símbolos são de extrema importância para nossa nação, pois representam o Brasil dentro e fora do território nacional. Logo, devem ser respeitados por todos os cidadãos brasileiros. Os Símbolos Nacionais são usados em cerimônias, documentos oficiais, eventos e localidades oficiais.

ARMAS NACIONAIS : no centro há um escudo circular sobre uma estrela verde e amarela de cinco pontas. O cruzeiro do sul está ao centro, sobre uma espada. Um ramo de café está na parte direita e um de fumo a esquerda. Uma faixa sobre a parte do punho da espada apresenta a inscrição "República Federativa do Brasil". Numa outra faixa, abaixo, apresenta-se "15 de novembro" (direita) e "de 1889" (esquerda) 

Esfera azul, representando nosso céu estrelado, ao centro com a frase "Ordem e Progresso". São 27 estrelas, representando os 26 estados e o Distrito Federal. Losango Amarelo ao centro representando o ouro. Retângulo verde, representando nossas matas e florestas.

 Em 18 de setembro comemora-se o Dia dos Símbolos Nacionais.
SELO NACIONAL : usado para autenticar documentos oficiais e atos do governo. Usado também para autenticar diplomas e certificados emitidos por unidades de ensino reconhecidas. É representado por uma esfera com as estrelas (semelhante a da bandeira brasileira), apresentando a inscrição República Federativa do Brasil.

Principais hinos brasileiros





http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/downloads/hino_nacional_brasileiro.mp3
 

Hino Nacional Brasileiro, com letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870 - 1927) e música de Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865)

Letra do Hino:

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas 
De um povo heróico o brado retumbante, 
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, 
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. 

Se o penhor dessa igualdade 
Conseguimos conquistar com braço forte, 
Em teu seio, ó Liberdade, 
Desafia o nosso peito a própria morte! 

Ó Pátria amada, 
Idolatrada, 
Salve! Salve! 

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido 
De amor e de esperança à terra desce, 
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, 
A imagem do Cruzeiro resplandece. 

Gigante pela própria natureza, 
És belo, és forte, impávido colosso, 
E o teu futuro espelha essa grandeza 

Terra adorada, 
Entre outras mil, 
És tu, Brasil, 
Ó Pátria amada! 

Dos filhos deste solo és mãe gentil, 
Pátria amada, 
Brasil! 

Deitado eternamente em berço esplêndido, 
Ao som do mar e à luz do céu profundo, 
Fulguras, ó Brasil, florão da América, 
Iluminado ao sol do Novo Mundo! 

Do que a terra mais garrida 
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; 
"Nossos bosques têm mais vida", 
"Nossa vida" no teu seio "mais amores". 

Ó Pátria amada, 
Idolatrada, 
Salve! Salve! 

Brasil, de amor eterno seja símbolo 
O lábaro que ostentas estrelado, 
E diga o verde-louro desta flâmula 
- Paz no futuro e glória no passado. 

Mas, se ergues da justiça a clava forte, 
Verás que um filho teu não foge à luta, 
Nem teme, quem te adora, a própria morte. 

Terra adorada... 

Dos filhos deste solo és mãe gentil, 
Pátria amada, 
Brasil!

Glossário do Hino:
Margens plácidas - "Plácida" significa serena. Calma.
Ipiranga - É o riacho junto ao qual D. Pedro I teria proclamado a independência.
Brado retumbante - Grito forte que provoca eco.
Penhor - Usado de maneira metafórica(figurada). "penhor desta igualdade" é a garantia, a segurança de que haverá liberdade.
Imagem do Cruzeiro resplandece - O "Cruzeiro" é a constelação do Cruzeiro do Sul que resplandece (brilha) no céu.
Impávido colosso - "Colosso" é o nome de uma estátua de enormes dimensões. Estar "impávido" é estar tranqüilo, calmo.
Mãe gentil - A "mãe gentil" é a pátria. Um país que ama e defende seus "filhos" (os brasileiros) como qualquer mãe.
Fulguras - fulgurante (reluzente, brilhante).
Florão - "Florão" é um ornato em forma de flor usado nas abóbadas de construções grandiosas. O Brasil seria o ponto mais importante e vistoso da América.
Garrida - Enfeitada. Que chama a atenção pela beleza.
Lábaro - Sinônimo de bandeira. "Lábaro" era um antigo estandarte usado pelos romanos.
Clava forte - Clava é um grande porrete, usado no combate corpo-a-corpo. No verso, significa mobilizar um exército, entrar em guerra.

A História do Hino Nacional do Brasil é recheada de fatos interessantes, mas infelizmente pouco divulgados. Tradicionalmente, o que sabemos sobre o Hino é referente aos autores da letra e da música.
A letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada e a música, elaborada por Francisco Manuel da Silva. O Hino Nacional Brasileiro foi criado em 1831 e teve diversas denominações antes do título, hoje, oficial. Ele foi chamado de Hino 7 de abril (em razão da abdicação de D. Pedro I), Marcha Triunfal e, por fim, Hino Nacional.
Com o advento da Proclamação da República e por decisão de Deodoro da Fonseca, que governava de forma provisória o Brasil, foi promovido um Grande Concurso para a composição de outra versão do Hino. Participaram do concurso, 36 candidatos; entre eles Leopoldo Miguez, Alberto Nepomuceno e Francisco Braga.
O vencedor foi Leopoldo Miguez, mas o povo não aceitou o novo hino, já que o de Joaquim Osório e Francisco Manuel da Silva havia se tornado extremamente popular desde 1831. Através da comoção popular, Deodoro da Fonseca disse: “Prefiro o hino já existente!”. Deodoro, muito estrategista e para não contrariar o vencedor do concurso, Leopoldo Miguez, considerou a nova composição e a denominou como Hino da Proclamação da República. 
Decreto 171, de 20/01/1890:
"Conserva o Hino Nacional e adota o da Proclamação da República."
O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil constituído pelo Exército e Armada, em nome da Nação, decreta:
Art. 1º - É conservada como Hino Nacional a composição musical do maestro Francisco Manuel da Silva.
Art. 2º - É adotada sob o título de Hino da Proclamação da República a composição do maestro Leopoldo Miguez, baseada na poesia do cidadão José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros Albuquerque.
É importante ressaltar que a canção que representa uma nação, como o Hino Nacional do Brasil, exalta fatos acontecidos, simboliza todas as lutas por ela passadas, carrega a identidade de um povo e a grande responsabilidade de ser o porta-voz da Nação brasileira para o restante do mundo.



Hino da Independência do Brasil, com letra de Evaristo Ferreira da Veiga e música de D. Pedro I 

Letra do Hino da Independência do Brasil: 

Já podeis da Pátria filhos, 
Ver contente a mãe gentil; 
Já raiou a liberdade 
No horizonte do Brasil 
Já raiou a liberdade, 
Já raiou a liberdade 
No horizonte do Brasil. 

Brava gente brasileira! 
Longe vá temor servil 
Ou ficar a Pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil; 
Ou ficar a Pátria livre, 
Ou morrer pelo Brasil. 

Os grilhões que nos forjava 
Da perfídia astuto ardil, 
Houve mão mais poderosa, 
Zombou deles o Brasil; 
Houve mão mais poderosa 
Houve mão mais poderosa 
Zombou deles o Brasil. 

Brava gente brasileira! 
Longe vá temor servil 
Ou ficar a Pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil; 
Ou ficar a Pátria livre, 
Ou morrer pelo Brasil. 

Não temais ímpias falanges 
Que apresentam face hostil; 
Vossos peitos, vossos braços 
São muralhas do Brasil; 
Vossos peitos, vossos braços 
Vossos peitos, vossos braços 
São muralhas do Brasil. 

Brava gente brasileira! 
Longe vá temor servil 
Ou ficar a Pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil; 
Ou ficar a Pátria livre, 
Ou morrer pelo Brasil. 

Parabéns, ó brasileiros! 
Já, com garbo juvenil, 
Do universo entre as nações 
Resplandece a do Brasil; 
Do universo entre as nações 
Do universo entre as nações 
Resplandece a do Brasil. 

Brava gente brasileira! 
Longe vá temor servil 
Ou ficar a Pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil; 
Ou ficar a Pátria livre, 
Ou morrer pelo Brasil.

Se a arte imita a vida, podemos notar que a história do Hino da Independência foi tão marcada de improviso como a ocasião em que o príncipe regente oficializou o fim dos vínculos que ligavam Brasil a Portugal. No começo do século XIX, o artista, político e livreiro Evaristo da Veiga escreveu os versos de um poema que intitulou como “Hino Constitucional Brasiliense”. Em pouco tempo, os versos ganharam destaque na corte e foram musicados pelo maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1760-1830).
Aluno do maestro, Dom Pedro I já manifestava um grande entusiasmo pelo ramo da música e, após a proclamação da independência, decidiu compor uma nova melodia para a letra musicada por Marcos Antônio. Por meio dessa modificação, tínhamos a oficialização do Hino da Independência. O feito do governante acabou ganhando tanto destaque que, durante alguns anos, Dom Pedro I foi dado como autor exclusivo da letra e da música do hino.
Abdicando do governo imperial em 1831, observamos que o “Hino da Independência” acabou perdendo prestígio na condição de símbolo nacional. Afinal de contas, vale lembrar que o governo de Dom Pedro I havia sido marcado por diversos problemas que diminuíram o seu prestígio como imperador. De fato, o “Hino da Independência” ficou mais de um século parado no tempo, não sendo executado em solenidades oficiais ou qualquer outro tipo de acontecimento oficial.
No ano de 1922, data que marcava a comemoração do centenário da independência, o hino foi novamente executado com a melodia criada pelo maestro Marcos Antônio. Somente na década de 1930, graças à ação do ministro Gustavo Capanema, que o Hino da Independência foi finalmente regulamentado em sua forma e autoria. Contando com a ajuda do maestro Heitor Villa-Lobos, a melodia composta por D. Pedro I foi dada como a única a ser utilizada na execução do referido hino.


Hino à Bandeira Nacional, com letra de Olavo Bilac e música de Francisco Braga

Letra do Hino à Bandeira Nacional: 

Salve, lindo pendão da esperança! 
Salve, símbolo augusto da paz! 
Tua nobre presença, à lembrança, 
A grandeza da Pátria, nos traz! 

Recebe o afeto que se encerra 
Em nosso peito varonil 
Querido símbolo da terra, 
Da amada terra do Brasil! 

Em teu seio formoso, retratas 
Este céu de puríssimo azul, 
A verdura sem par destas matas 
E o esplendor do Cruzeiro do Sul 

Recebe o afeto... 

Contemplando o teu vulto sagrado, 
Compreendemos o nosso dever, 
E o Brasil, por seus filhos, amado, 
Poderoso e feliz há de ser! 

Recebe o afeto... 

Sobre a imensa Nação Brasileira 
Nos momentos de festa ou de dor, 
Paira sempre, sagrada Bandeira, 
Pavilhão da justiça e do amor. 

Recebe o afeto...
As bandeiras e os hinos são símbolos criados para representar um sentimento de unidade, de patriotismo, ou seja, tais simbologias (mas não somente elas) criam um sentimento de pertença de um determinado povo a uma nação, manifestando o sentimento de nacionalidade, nacionalismo.
Após a proclamação da República no Brasil, no ano de 1889, criou-se uma nova bandeira para representar a nova fase da história brasileira. A bandeira do Brasil Império (1822-1889) foi substituída pelo projeto de Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, mas a inspiração dos autores para produção da nova bandeira continuava sendo a bandeira do período imperial desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret.
O hino é outro elemento simbólico de uma nação. No Brasil, o primeiro hino surgiu após a Independência brasileira, composto por D. Pedro I, tornou-se o Hino à Independência do Brasil. O hino nacional surgiu com a música de Francisco Manoel da Silva pelo decreto nº 171 do ano de 1890. A letra do hino foi escrita no ano de 1909 por Osório Duque Estrada, foi oficializado como hino pelo decreto nº 15.671, no ano de 1922 (Centenário da Independência). No ano de 1906, apareceu pela primeira vez o hino à bandeira brasileira, escrita pelo poeta Olavo Bilac, esse hino tornou-se mais um elemento constituidor da identidade nacional brasileira.

Hino à Bandeira Nacional
Letra: Olavo Bilac
Música: Francisco Braga


Hino da Proclamação da República, com letra de Medeiros e Albuquerque e música de Leopoldo Augusto Miguez

Letra do Hino da Proclamação da República: 

Seja um pálio de luz desdobrado. 
Sob a larga amplidão destes céus 
Este canto rebel que o passado 
Vem remir dos mais torpes labéus! 
Seja um hino de glória que fale 
De esperança, de um novo porvir! 
Com visões de triunfos embale 
Quem por ele lutando surgir! 

Liberdade! Liberdade! 
Abre as asas sobre nós! 
Das lutas na tempestade 
Dá que ouçamos tua voz! 

Nós nem cremos que escravos outrora 
Tenha havido em tão nobre País... 
Hoje o rubro lampejo da aurora 
Acha irmãos, não tiranos hostis. 
Somos todos iguais! Ao futuro 
Saberemos, unidos, levar 
Nosso augusto estandarte que, puro, 
Brilha, avante, da Pátria no altar! 

Liberdade! Liberdade! 
Se é mister que de peitos valentes 
Haja sangue em nosso pendão, 
Sangue vivo do herói Tiradentes 
Batizou este audaz pavilhão! 
Mensageiros de paz, paz queremos, 
É de amor nossa força e poder 
Mas da guerra nos transes supremos 
Heis de ver-nos lutar e vencer! 

Liberdade! Liberdade! 

Do Ipiranga é preciso que o brado 
Seja um grito soberbo de fé! 
O Brasil já surgiu libertado, 
Sobre as púrpuras régias de pé. 
Eia, pois, brasileiros avante! 
Verdes louros colhamos louçãos! 
Seja o nosso País triunfante, 
Livre terra de livres irmãos! 

Liberdade! Liberdade!
Assim que tomou o lugar' do regime monárquico, os republicanos se preocuparam em estabelecer novos símbolos que tivessem a função de representar a transformação política acontecida no final do século XIX. Já em janeiro de 1890, o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca lançou um concurso visando a oficialização de um novo hino para o Brasil. Com isso, o Teatro Lírico do Rio de Janeiro foi palco da disputa que acabou sendo vencida por José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque (1867 – 1934) (letra) e Leopoldo Miguez (1850 - 1902) (música).

Atuando como professor, jornalista, escritor e político, Medeiros e Albuquerque teve uma formação intelectual privilegiada, estudou na Escola Acadêmica de Lisboa e teve, no Brasil, o folclorista Silvio Romero como seu preceptor. No meio político foi um grande entusiasta do ideal republicano e, quando o novo regime se instalou, Medeiros e Albuquerque assumiu alguns cargos públicos e administrativos do novo governo.

Já Leopoldo Miguez saiu cedo do Brasil e, já nos primeiros anos de vida, se dedicou aos estudos musicais na Europa. Em 1878, voltou ao Rio de Janeiro para abrir uma loja de pianos e música. Sendo professo defensor da República, recebeu auxílio para retornar para a Europa e ali concentrar informações sobre a organização de institutos e conservatórios musicais. Em 1889, fora nomeado como diretor e professor do Instituto Nacional de Música.

Mesmo ganhando a disputa, o hino formado por esses renomados artistas acabou não sendo utilizado como o novo hino do país. Em um decreto de janeiro de 1890, o governo brasileiro estipulou que a criação fosse empregada como sendo o Hino de Proclamação da República. Desse modo, a composição acabou sendo conservada como um dos mais significativos símbolos que representam a proclamação do regime republicano brasileiro.

No ano de 1989, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense comemorou o centenário da República utilizando uma parte do refrão do Hino em seu samba enredo. Muito pouco utilizado em solenidades oficiais, esse hino precisa ser resgatado como um dos mais significativos símbolos de nosso regime político. Segue abaixo a letra para aqueles que tiverem interesse em contemplar o seu conteúdo.


Escola Érico Veríssimo / Santa Maria/RS